Semana da Moda de Nova Iorque: Voamos para a cidade dos arranha-céus para descobrir as últimas tendências dentro e fora das passarelas  

No meio deste déjà vu e quase por inércia, cheguei ao meu hotel no Central Park, larguei as minhas duas malas de cabine (uma, a transbordar, a outra, vazia caso no meu planeamento coubesse uma tarde de compras frutífera e inesperada), e dediquei-me a explorar a cidade desfrutando do seu característico street style. Porque quando pões um pé em Nova Iorque, sabes que não poderias confundi-la com nenhuma outra cidade do mundo; só lá as modelos estão no seu habitat natural, os designers passeiam pela Quinta Avenida como se nada fosse, e as luxuosas montras das marcas mais prestigiadas do mundo misturam-se com lojas de souvenirs abarrotadas anunciadas por sinais de ‘I Love NY’. 

E assim passou a tarde entre moda e cafés, e chegou a hora de dormir na cidade que nunca dorme. Já pela manhã - tendo sobrevivido ao jet lag - propus-me a meter mãos à obra com todas as tendências que tinha avistado no dia anterior. A primeira missão foi encontrar uns óculos de sol que escondessem um pouco as minhas olheiras, e cumpri-a com distinção. Tinha visto que os modelos mais repetidos eram os de forma aviador, as armações de acetato e as lentes de efeito espelho, então consegui uns que cumpriam os meus requisitos e dirigi-me para a minha próxima paragem: conseguir um cachecol vermelho que desse um toque de cor ao meu look, de outra forma, monótono (entendam, um fato de treino cinzento e um casaco comprido, preto e de lã pode ser muito elevado com os acessórios certos). Assim, já com o meu cachecol ao pescoço e os meus óculos de efeito ‘acho-me famosa mas não sou’, estava mais do que pronta para me deixar encantar pelas delícias da semana mais esperada da indústria da moda.